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Saúde: Estudo associa vitamina D e ômega-3 à redução de doenças autoimunes

  • 03/02
  • Geral
  • Jornalismo

A associação diária de suplementos de vitamina D e ômega-3 (óleo de peixe) pode reduzir o risco de uma pessoa desenvolver doenças autoimunes. A conclusão é de um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, e publicado no periódico científico BMJ no último dia 26.

As doenças autoimunes ocorrem quando há uma disfunção no sistema imunológico que faz com que as nossas células de defesa ataquem outras células ou tecidos do próprio corpo.

Entre as mais comuns estão artrite reumatoide, psoríase, tireoidite de Hashimoto, doença de Graves, entre outras.

Os cientistas da Harvard decidiram testar os efeitos da suplementação de vitamina D e ômega-3 em 25,8 mil adultos com idade média de 67 anos que viviam nos Estados Unidos.

Eles foram separados aleatoriamente em grupos, sem saber em qual estavam, sendo que uma parte tomaria 2.000 UI/dia de vitamina D e 1.000 mg/dia de ômega-3 e a outra tomaria placebo, substância sem efeito no organismo.

Além de fazerem uso diário dos suplementos, eles deveriam relatar qualquer doença autoimune diagnosticada nos cinco anos seguintes.

Ao fim, concluiu-se que a vitamina D e o ômega-3 estavam possivelmente associados a uma taxa 30% menor de desenvolvimento de doença autoimune na comparação com quem tomou placebo.

Os autores consideram que a descoberta traz uma alta importância clínica, embora o estudo tenha limitações.

É preciso, na avaliação deles, considerar que foi testado apenas um regime de dose e formulação de cada suplemento, além de não terem sido analisados indivíduos mais jovens.

Ainda assim, os achados são animadores tendo em vista que "são suplementos bem tolerados e não tóxicos e que não existem outras terapias eficazes conhecidas para reduzir as taxas de doenças autoimunes”.

“Continuamos a acompanhar os participantes por dois anos em um estudo de extensão para testar o curso do tempo desse efeito de redução de doença autoimune. Mais ensaios podem testar essas intervenções em populações mais jovens e com alto risco desse tipo de doença", salientam os pesquisadores.

(Fonte: R7)