Procurar Notícia

Pato Branco poderá ter projeto pioneiro no país em reciclagem avançada de lixo

  • 17/01
  • Geral
  • Jornalismo

As ações dentro do Projeto White Duck Connection, organizado pelos Instituto Regional de Desenvolvimento Econômico e Social – IRDES e pela Prefeitura estão gerando os primeiros frutos.  A viagem realizada por Jin Bruno Petrycoski (IRDES) e Mariza Medeiros (Prefeitura) a Coreia começa a proporcionar resultados interessantes. Na manhã do dia 16 de janeiro estiveram na Prefeitura representantes da Forcebel – líder mundial em reciclagem de lixo que gerou, em sete meses, a extinção de um aterro sanitário em Seul (Cidade com cerca de 10 milhões de habitantes), dando lugar para a construção de um Estádio. Também foi a empresa chamada para fazer a limpeza de cidades afetadas em 2016 pelos tsunamis no Japão. Chang Lee e Froilan Moraes evidenciaram os diferenciais do único método de eliminação de lixões e aterros e de reciclagem permanente que existe. O assunto foi acompanhado com atenção pelo prefeito Augustinho Zucchi; pelo deputado estadual, Luiz Fernando Guerra; pelo presidente do Irdes, Cláudio Petrycoski; pelos secretários municipais Géri Natalino Dutra (Coordenação do WDC), Osmar Braun e Antônio Cezar Soares; Marcelo Dalle Teze (IRDES) e pelo empresário Ricardo Guerra.

A Empresa que tem atuado intensamente na Índia trabalha na fase inicial com a chamada “mineração” dando reaproveitamento para o lixo depositado em aterros e similares; após parte para a triagem mecânica, de forma automatizada, do lixo coletado cotidianamente, conseguindo dar aproveitamento para cerca de 98% do que é coletado domiciliarmente, com possibilidade de atividades de tratamento de lixo hospitalar e industrial. Segundo Chang “o local de um aterro hoje não aproveitado simplesmente poderá dar lugar a novos empreendimentos, pois a máquina pode minerar até 950 toneladas de lixo antigo por dia e 216 toneladas de lixo recente ao dia. Em cerca de oito meses o aterro antigo de Pato Branco (Cerca de 10 hectares ocupados) poderia ser liberado para outra atividade, com a transformação do que é considerado lixo em riqueza com adubo, combustível e até matérias primas para a indústria.

No Brasil existem cerca de 5.500 aterros, conta Jin Bruno Petrycoski “e o objetivo da empresa é criar um projeto piloto em Pato Branco, servindo de vitrine para uma solução inovadora que proporciona evolução ambiental e econômica. Chang diz que no Brasil 98% do lixo não é reciclado e são destinadas aos aterros mais de 200 mil toneladas por dia e o Sistema atende a Política de Resíduos Sólidos vigente.  A iniciativa poderá resultar – a partir de demanda e parcerias - na implantação de uma unidade de produção industrial em Pato Branco, com a fabricação de pelo menos 80% dos componentes das máquinas para comercialização em todo o continente.

Cláudio Petrycoski que foi um dos grandes incentivadores do WDC, viu com bons olhos a proposta e diz que agora o caminho é estudar sua viabilidade e os detalhes de uma possível parceria. “É algo que dando certo poderá proporcionar desenvolvimento através da geração de empregos e renda.”

O prefeito Augustinho Zucchi evidencia que o grande diferencial é que os coreanos conseguem praticamente liberar para outras utilizações aterros antigos que geram, hoje, problemas ambientais gigantescos e desafios aos municípios. “Extinguir aterros é, sem dúvida, o sonho da sociedade.”

Geri Natalino Dutra, secretário municipal e da coordenação do WDC diz que o encontro retrata as oportunidades que a visão de conectividade internacional pode proporcionar. “É assunto que merece mais estudos e técnicos estarão avaliando nosso potencial, mas altamente interessante e moderno.”

O empresário Ricardo Guerra se interessou pela proposta e questionou a forma de atuação da empresa Coreana tentando entender custos, demanda de produtos e o retorno sobre investimentos, já que o empreendimento também contará com recursos da iniciativa privada, algo que estará envolvendo o aprofundamento de estudos e negociações. “

O deputado estadual Luiz Fernando Guerra achou interessante a proposta e diz que estará aprofundando conhecimentos para, se possível, estimular o emprego de tão interessante tecnologia de proteção ambiental com potencialização econômica, no Estado do Paraná. “Preservar o meio ambiente é prioridade e integrando isso a geração de empregos e renda pode ser algo altamente interessante para estendermos ao Paraná.”

Pato Branco gera cerca de 74 toneladas de lixo ao dia de lixo. Sem uma solução como a proposta será questão de alguns anos para partir para desapropriação de novas áreas para depósitos de produtos que levam até mais de 500 anos para se decompor, num planeta que tem recursos naturais finitos.

Dentro de 15 dias a empresa coreana estará realizando mais estudos sobre a composição do lixo na região para o aprofundamento das tratativas.

Sistema

O Sistema Coreano separa automaticamente com até 17 esteiras interconectadas, lixo orgânico do reciclável e faz diversas classificações e separações automatizadas do reciclável (Tipos de metais, plásticos, vidros etc..)

A partir das unidades produtivas que geralmente aproveitam os catadores para outras etapas de produção há a transformação plástico reciclado, por exemplo, em óleo diesel e até mesmo energia elétrica.

Texto e foto: Assessoria