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Encerramento do Projeto Ser Mulher 2019 reuniu cerca de 400 participantes

  • 12/12
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  • Jornalismo

A Prefeitura de Pato Branco, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, realizou na noite desta terça-feira (10), na Sociedade Rural Pato Branco, o encerramento das atividades de 2019 do Projeto Ser Mulher, com mostra dos trabalhos desenvolvidos nos 19 cursos e oficinas, durante o ano, e entrega de certificados às participantes. O evento, que contou com apresentação do Coral Italiano, brincadeiras, sorteios e música, reuniu cerca de 400 mulheres, bem como, as instrutoras, as autoridades e a imprensa.

 

O projeto, realizado desde 2015, de forma descentralizada, tem o objetivo de aprimorar as habilidades manuais das participantes, elevando sua autoestima, proporcionando qualificação profissional e complementando a renda familiar. Anualmente e gratuitamente, as mulheres de cerca de dez bairros de Pato Branco participam das atividades. Até 2019, mais de 2.700 vagas foram oferecidas em 30 diferentes oficinas.

 

Os cursos de 2019 iniciaram em abril e terminaram no final de novembro. Foram ofertados: Costura Nível I Diurno, Costura Nível II Diurno, Costura Nível II Noturno, Costura Nível III Aperfeiçoamento, Costura Baby Born, Customização de Roupas, Crochê para Iniciantes, Bordado em Chinelo, Vasos em Cimento, Patchwork, Pintura em Tecido e Customização, Salão de Beleza Avançado, Artesanato, Panificação e Confeitaria, Amigurumi, Trabalhos com Feltro – Temáticos, Informática, Geleias e Compotas.

 

A secretária municipal de Assistência Social, Anne Cristine Gomes da Silva Cavali, destacou que as políticas públicas atuais se preocupam em dar ênfase ao empoderamento da mulher, estimulando práticas que fortaleçam seu papel na sociedade e sua função na esfera familiar. “Nesse sentido, para contribuir com o processo de qualificação profissional, geração de emprego e renda e, também, na convivência comunitária, promovemos neste ano mais uma edição do Ser Mulher, um projeto que deu certo e tem colaborado significativamente para a redução das desigualdades sociais, transformando a vida de muitas mulheres”, salientou. 

 

A chefe do setor de Projetos e Políticas Sociais da Secretaria Municipal de Assistência Social e coordenadora do Ser Mulher, Liane Cristina da Silva Portela, enfatizou que o projeto promoveu a inclusão social e o fortalecimento de vínculos. “Buscamos proporcionar a qualificação das mulheres e o seu protagonismo, de forma que se sintam valorizadas. Ver a alegria estampada no rosto de cada mulher é ter a certeza que o dever foi cumprido”, afirmou.

 

Representando o prefeito Augustinho Zucchi, a diretora do Departamento Municipal de Comunicação Social, Mariza Fernanda Medeiros Vieira da Cunha, ressaltou o reconhecimento, respeito e admiração pelo projeto. “O prefeito acredita na força, potencial e sensibilidade da mulher dentro da comunidade e este projeto traz autoestima e aperfeiçoamento para a vida de cada uma. Deixamos aqui o nosso mais sincero carinho e parabéns por essa conquista”, disse.

 

A presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, Adelaide Johan Gomes da Silva, afirmou que a entidade tem como finalidade acompanhar, apoiar e fiscalizar os recursos dos projetos realizados pela Secretaria de Assistência Social e que o Ser Mulher cumpriu esse papel com grandeza. “É um projeto que traz empoderamento à mulher pato-branquense, aprendizado e valorização, contribuindo para a renda familiar”, destacou.

 

Novas perspectivas

 

Fátima Prestes, 60 anos, moradora do bairro Bortot, participou do Ser Mulher pelo segundo ano consecutivo. Há dois anos ela era zeladora, ficou doente e acabou desempregada. Por meio do projeto, voltou a sonhar e acreditar no seu potencial ao realizar o curso de Salão de Beleza Avançado. “Hoje estou trabalhando como manicure e tenho clientes por toda a cidade. Nunca imaginei que, na minha idade, chegaria nesse patamar com uma nova profissão e, o mais incrível, feliz como estou”, compartilhou.

 

Clari Terezinha Marangon Santos, 55 anos, moradora do bairro La Salle, fez o curso de Costura Nível II. Segundo ela, o projeto lhe deu novas perspectivas de vida. “Foi ótimo. Além de ocupar o tempo, fazer amigas e poder presentear meus familiares com as minhas próprias criações, a depressão e a tristeza ficaram de lado”, disse.

 

Paola Regina Santana, 18 anos, moradora do bairro São João, participou da oficina de Vasos em Cimento. Ela contou que não imaginava que poderia aprender sobre tantas coisas diferentes. “Foi muito bom. As professoras são queridas, fiz amizades, ganhei conhecimento e até melhorei dos problemas de saúde”, salientou.

 

Maria Zeni Gruber, 63 anos, instrutora desde 2015 das oficinas do Ser Mulher, disse que é gratificante compartilhar conhecimentos com tantas participantes. “É compensador ver o desenvolvimento dessas meninas, que acabam se tornando da família. É uma troca, da mesma maneira que ensinamos, aprendemos”, ressaltou.

 

Para Karolina dos Santos Fernandes Lima, de 32 anos, instrutora de Amigurumi, ensinar foi uma forma de fazer a diferença na vida de alguém. “Quando eu estava com depressão, fiz um curso de Patchwork, que me transformou. Decidi então, que faria o mesmo por outras pessoas e foi uma experiência fantástica”, frisou.

 

Projeto Ser Mulher

 

As vagas do projeto Ser Mulher são destinadas, preferencialmente, para quem possui o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal ou, para aquelas, cuja renda familiar total seja de até três salários mínimos. Para 2020, serão disponibilizadas 500 novas vagas. Mais informações com a Secretaria Municipal de Assistência Social, pelo telefone (46) 3225-5544.

Texto e foto: Assessoria