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Moradores do Conjunto Habitacional Vila São Pedro participam de cursos profissionalizantes

  • 17/06
  • Geral
  • Jornalismo

A Prefeitura de Pato Branco, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) de Pato Branco, está ofertando, gratuitamente, cursos de qualificação profissional aos moradores do Conjunto Habitacional Vila São Pedro, no bairro São João. Os cursos são realizados através do Programa de Desenvolvimento Sócioterritorial Pós-ocupação (PDST) com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos moradores, desenvolver sua autonomia e inseri-los no mercado de trabalho. O investimento, de R$ 105.920,00, é oriundo da Caixa Econômica Federal (CEF), responsável pelos projetos habitacionais.

 

Os cursos tiveram início em maio e encerrarão no final do mês de julho. Entre as opções estão, Salão Básico, Costura Básica, Informática, Pequenos Reparos e Paisagismo. Ao todo, cerca de 20 moradores participam de cada oficina e recebem certificação profissional. A assistente social da Prefeitura de Pato Branco, Fernanda Merlo, destacou que essa é a primeira vez que cursos de qualificação profissional são oferecidos aos moradores de conjuntos habitacionais de Pato Branco. Ela explicou que os temas das oficinas foram escolhidos pelos próprios residentes.

 

“Buscamos, com o programa, levar conhecimento a estes moradores, para que possam colocar em prática em suas casas e organizar seus espaços, além de levar autoestima e melhorar a qualidade de vida. Eles se sentem valorizados e, para nós, é gratificante ver a alegria estampada no rosto de cada um”, enfatizou Fernanda.

 

A secretária municipal de Assistência Social, Anne Cristine Gomes da Silva Cavali, destacou que, através do programa, o Município está apoiando e fortalecendo a participação efetiva das famílias beneficiárias, com ações que buscam promover a inclusão social e geração de renda. Sendo que, com os demais conjuntos habitacionais do município, acontecem reuniões mensais, para orientações e discussão de suas necessidades.

 

A coordenadora pedagógica do Senac, Veridiana Zaror Bueno, ressaltou que os cursos foram personalizados para atender os moradores e despertá-los para a vida profissional. “São aulas teóricas e práticas, que totalizam 32 horas e que visam, principalmente, promover conhecimentos para que possam colocar em prática em suas casas e, mais do que isso, para que vejam que há diversas possibilidades e que podem ir cada vez mais além”, salienta.

 

Motivação para buscar mais

 

O professor de Pequenos Reparos, Juliano Roberto Blazius, ensina sobre questões que envolvem manutenção residencial, como eletricidade básica, encanamentos, telhados, instalação de lâmpadas e chuveiros, entre outros. “Queremos que tenham noções básicas de como cuidar melhor do imóvel que têm. Ensiná-los e aprender com eles, também, é muito gratificante”, revelou.

 

Dion Rafael Santi é professor de Informática e ensinou aos seus alunos, entre outras temáticas, a criarem o próprio currículo, o que foi considerado pela turma, um marco do curso. “Eles ficaram muito felizes em ter um currículo. Vamos, inclusive, imprimir cópias para que possam distribuir em vários lugares. É uma experiência sensacional compartilhar o que sei com essas pessoas”, enfatizou Dion.

 

Inês Zaboroski, diarista de 53 anos, realiza o curso de Pequenos Reparos e afirmou que, graças à oficina, hoje consegue resolver muitas atividades em sua casa sem precisar do auxílio de outras pessoas. “Tem sido um curso proveitoso para as necessidades do dia a dia. Aprendi sobre tomadas, trocar chuveiro, entre outras coisas”, contou Inês.

 

O auxiliar de padeiro, Rodrigo Mattoso, 35 anos, realizou o curso de Salão Básico, está fazendo o de Pequenos Reparos e fará o de Paisagismo. Ele projeta buscar mais qualificação e, talvez, abrir um negócio na área de corte de cabelos. “Eu estudei até a 8ª série e não teria como pagar o curso. Estou muito feliz por colocar em prática muito do que aprendo aqui e, cada vez mais, motivado a buscar outros conhecimentos”, compartilhou ele.

 

O operador de empilhadeira, Rodrigo de Oliveira Prado, 21 anos, já participou de um curso e está realizando, neste momento, dois novos: Informática e Pequenos Reparos. “Pra mim, que não teria condições de pagar, é uma oportunidade muito boa. Me despertou a vontade de buscar algo a mais e até, talvez, um dia, ter o meu próprio negócio”, afirmou Rodrigo.

 

Para a dona de casa, Brenda Saldanha, 24 anos, a atenção que recebeu dos professores foi importante para que entendesse o conteúdo. “Está fazendo a diferença na minha vida aprender tantas coisas diferentes e, o mais legal de tudo é que posso ensinar o que aprendo aqui, para a minha mãe”, salientou Brenda.

Texto e foto: Assessoria